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Vilãs | Clara Madrigano | Antologia | Editora Corvus | 2019 | 174 pág | ⭐⭐⭐⭐⭐
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Sinopse: Madrastas. Rainhas más. Princesas injustiçadas. Mulheres traídas. Vilãs nos acompanham desde os primeiros contos de fadas, destinadas à derrota para que os heróis possam triunfar. Agora, vamos conhecer as versões delas. De maçãs envenenadas a vinganças de feiticeiras traídas, a antologia VILÃS desperta o lado mais obscuro da fantasia.

Desde criança eu sempre tive uma afeição pelos vilões que eu acompanhava na telinha, e mesmo com os arrepios que eles me faziam sentir, eu tinha uma mega curiosidade em saber como era a vida deles "por trás daquela história" (tanto que tinha sonhos muito loucos com os vilões, onde eles visitavam a minha casa ou vinham conhecer o meu bairro, coisa de criança mesmo kkk).


Fruto dessa parceria maravilhosa com a editora Corvus, pude escolher pra conferir esse livro de contos que retrata o lado das vilãs (algumas da disney, outras da vida) de uma forma muito surpreendente. Sério gente, eu achei que seria tudo muito colorido e que as vilãs teriam uma justificativa aceitável para fazerem o que fizeram, mas não! Com narrativas sombrias, descobrimos a cada conto que nem sempre precisamos de um motivo para nos tornarmos vilãs, as vezes o próprio destino nos leva a conhecer um lado obscuro que nem imaginávamos ter dentro de nós mesmos.


Composto de 10 contos escritos por 10 escritoras, o livro Vilãs nos faz viajar nessa antologia onde as mulheres recebem e merecem os holofotes que lhes são dados, indo de vilãs da Disney até as vilãs do folclore. Não tenho o que reclamar da narrativa, todas elas fluíram com a mesma facilidade que um rio corre em seu leito. 
Os Contos são:
01. Abandonada;
02. A Mais Bela;
03. A Face da Inocência;
04. Bendita Seja a Criação, Maldita é a Criatura;
05. Mal de Ojo;
06. Marcada;
07. Os Sóis de Maria;
08. A Assassina do Príncipe;
09. Ao Ouvir os Sussurros da Morte, Ela Respondeu; e
10. A Natureza das Minhas Intenções.
Recomendo muitíssimo essa leitura, nos tempos atuais em que mulheres estão buscando o seu espaço merecido na sociedade, nada como uma boa leitura escrita e organizada por mulheres, mas que todos podem desfrutar sem exceções!

A Casa do Penhasco | Agatha Christie | Mistério | L&PM Pocket | 2011 | 224 pág | ⭐⭐⭐⭐
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Sinopse: Uma semana de férias no ensolarado litoral da Cornualha... Esse parecia ser o cenário perfeito para coroar o fim da brilhante carreira do detetive Poirot, ao lado de seu inseparável companheiro, o capitão Hastings. No entanto, o clima de tranquilidade é quebrado quando eles conhecem a srta. Buckley, uma jovem de ar rebelde e herdeira da Casa do Penhasco, que diz ter escapado da morte diversas vezes nos últimos dias. Seriam meros acidentes? Ou haveria alguma explicação sinistra por trás disso? Empolgado, Poirot decide abandonar os planos de aposentadoria e volta à ativa para mais um intrigante caso que testará todas as suas habilidades.

O Detetive Belga, de férias em um luxuoso hotel com seu parceiro, o capitão Hastings, está se sentindo velho e cansado e já auto-intitulado aposentado, se depara com uma clara tentativa de assassinato. A senhorita Nick Buckley é uma mulher solteira, que, além de herdeira de uma enorme mansão no alto de um penhasco, tem personalidade alegre, inteligente e querida por todos que a conhecem. Recentemente a jovem tem sofridos pequenos acidentes quase que fatais e, o ultimo, onde imaginava uma abelha zunindo em seu rosto na verdade era uma bala cruzando a aba de seu chapéu.


Poirot então decide entrar no caso e descobrir quem está por trás desses acidentes que poderiam ter tirado a vida da Srta Nick. Confesso que achei a trama um tanto quanto diferente, e talvez se deva ao fato de eu ainda não estar acostumada com a escrita da Agatha, mas temos uma até então tentativa de assassinato, e só no meio do livro tem de fato um assassinato.

No livro somos apresentados a trama e à teia de personagens que a compõem, conhecendo seus defeitos, qualidades e motivos que os levariam a cometer tal crime, típico de um romance policial. A autora dá a possibilidade de vários suspeitos terem cometido o crime, e a partir de um ponto da história nos direciona a apenas um suspeito, contudo, não foi este quem cometeu o crime. A narrativa é em primeira pessoa, sobre o ponto de vista do capitão Hastings, que, como um amigo de Poirot acaba sempre dando opiniões sinceras sobre o jeito de ser e agir exibido do parceiro.

Achei a história desse livro um pouco fraca comparando com as outras que tive da autora, mas talvez isso se deva ao fato de que parte dela é de reflexões de Poirot sobre a vida e sobre o quanto ele vê que o caso está sendo difícil de se resolver, ele se vê encurralado e muitas vezes sendo enganado pelo assassino. Mas a boa notícia é que o bem sempre vence e é o que acontece na trama.


A edição pocket é bem simples, com fontes e espaçamentos reduzidos, mas com folhas do miolo em offwhite o que não dificultou nem um pouco a leitura. Pra um livro adquirido na black friday por R$10,00 não tenho o que reclamar.

No mais, acho que é um livro muito pouco falado da Agatha Christie, mas que também merece destaque aqui nesse cantinho.

The Kiss of  Deception #01 | Crônicas de Amor e Ódio | Mary E. Pearson | Romance/Aventura | DarkSide Books | 2016 | 406 pág | ⭐⭐⭐⭐⭐
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Sinopse: Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma menina de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre o reino de Dalbreck através de uma aliança política.


Eis que o final de 2019 me trouxe uma grande surpresa com essa leitura que decidi não sei por quê motivos tê-la. The Kiss of Deception é o primeiro livro de uma trilogia chamada Crônicas de Amor e Ódio e nele somos apresentados a Lia, a primeira filha que para apaziguar os ânimos políticos é prometida pelos pais a se casar com o príncipe de Dalbreck. Inconformada com a situação em que foi colocada, Lia foge com Pauline, sua criada e melhor amiga, e decide viver uma vida "de gente normal" na cidade vizinha, chamada Terravin, onde passa a trabalhar em uma espécie de taberna que pertence a uma tia de Pauline. Apesar dos esforços para apagar seus rastros, elas acabam sendo encontradas por um assassino contratado para matar Lia e pelo príncipe rejeitado por ela no dia do casamento, e aí é que tá o samba do crioulo doido: ninguém sabe quem é quem e a trama se desenvolve quase que completamente nessa vibe.


Esse é o meu primeiro contato com a escrita de Mary e confesso que estou muito surpresa. Não esperava algo tão envolvente, rico em detalhes e que não te desse vontade de largar a leitura. A última vez que isso aconteceu foi com a trilogia de Corte de Espinhos e Rosas e me senti uma orfã quando udo acabou.

Todo o livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Lia, com poucos e pequenos capítulos narrados pelo príncipe e pelo assassino que, ao desenvolverem a trama com Lia, acabam por meio que formarem o início do que seria um triângulo amoro fazendo com que o foco do livro seja o romance. Porém, não um romance qualquer, mas sim um com cenário na era medieval onde vikings e "civilização" estão em conflito, fato esse que faz com que a política seja uma das engrenagens principais da história.


Ainda assim com cenas de aventuras de tirar o fôlego, ao que a trama vai se desenrolando para o final é inserido a fantasia e um toque mágico é deixado: segundo a tradição, todas as primeiras filhas do reino de Morrigan recebem o dom da visão, um tipo de clarividência que Lia até então não acreditava possuir.

Outra coisa bem interessante foi que a autora passou longe de nos deixar na companhia de uma protagonista doce e frágil (que por sinal esse é o papel de Pauline). Lia é uma mulher forte e determinada, muito a frente do seu tempo, que impõe aquilo que quer e muitas das vezes, incompreendida, acaba tendo a fama de uma mulher que não sabe o seu lugar no mundo.


O final foi bem surpreendente, confesso que não esperar uma atitude como aquela do príncipe, mas que loucuras um homem apaixonado é capaz de fazer, não é mesmo? Mais surpreendentemente ainda é a possibilidade de conhecer mais um novo mundo, que acredito que será apresentado no próximo volume.

A edição da darkside é linda, impecável como sempre, veio com um pôster onde a imagem é a capa do livro, em capa dura, com muitas imagens de mapas e folhas em offwhite.

Foi com medo de pegar uma ressaca literária que não comecei a leitura do segundo livro de imediato, mas pretendo fazer isso muito em breve, pois não aguento mais de ansiedade.

Limbo | Thiago D'Evecque | Fantasia Sombria | Amazon | 2015 | 243 pág | ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: O Limbo é para onde todas as almas vão após a morte. Além de humanos, deuses esquecidos e espíritos lendários também vagam pelo plano. Muitas almas sabem exatamente onde estão e por que; a maioria, entretanto, ainda tem a impressão de estar viva. A morte é um hábito difícil de se acostumar. Um dos espíritos residentes no Limbo acorda sem nenhuma lembrança de sua identidade. Ele descobre que a Terra está prestes a ser destruída pelos próprios humanos e fica encarregado de enviar doze almas heroicas de volta. Elas reencarnarão no plano dos homens e tentarão reverter o quadro apocalíptico. Contudo, poucas almas encaram o retorno com bons olhos. O espírito deve, então, forçá-las. Armado, de preferência. Assim, resolve visitar um velho amigo: Azazel, anjo ferreiro e primeiro escolhido da lista. O espírito descobre mais sobre quem realmente é, ouve uma versão completamente diferente sobre a rebelião dos anjos e é presenteado com uma surpresa de péssimo gosto. LIMBO mistura elementos e referências de videogames, RPGs, HQs, animes, mangás, filmes, séries e livros. De Lovecraft a Final Fantasy, é uma homenagem às influências que marcaram o autor.

Eu tava procurando por uma fantasia nacional que fosse curta, mas que fosse de qualidade pra continuar minhas leituras de final de ano. Eis que me deparo com Limbo e tive uma surpresa muito agradável ao mergulhar de cabeça nessa história. Confesso que essa foi uma das melhores leituras de 2019 e é com muito carinho que trago essa resenha pra vocês.


A história começa com uma certa alma no limbo acordando de um sono milenar e recebendo uma missão: devolver doze almas ao mundo dos humanos com o objetivo de salvar a terra das garras dos próprios seres humanos (guerras, conflitos, políticas, violência, corrupção). Ao acordar o protagonista não se recorda de seu nome, de sua história e muito menos de sua aparência, ele é penas um borrão luminoso com consciência que precisa cumprir sua missão e com isso vai em busca da primeira alma.

Todas as doze personalidades são escolhidas a dedo pelo protagonista, cada uma com uma virtude que será muito necessária no mundo dos humanos, como humildade, amor, persuasão, liderança, entre muitas outras. E a volta que o autor dá em todos os mundos fantásticos e de uma criatividade que não tem preço! Vemos de um anjo caído até um rei das principais lendas britânicas sendo mandados de volta a Terra. E por falar em anjos, o contexto que embasa a história é sobre a rebelião dos seres celestiais e suas consequências são o que deu origem a narrativa do livro milênios depois.

Com muitas lutas de espadas recheada de ação e reflexões sobre virtudes pude conhecer diversas lendas de feitos heroicos que jamais imaginei existir, e outras que me deparei eu já até então conhecia.

A escrita do Thiago é fluida e envolvente de um jeito que faz você ler capítulo após capítulo e não se sentir cansado da história; pelo contrário, ele instiga a nossa curiosidade ao ponto que a trama vai se desenvolvendo e vamos querendo saber qual será a próxima personalidade a ser enviada para a Terra e qual a verdadeira identidade do tal "ceifador de almas já ceifadas".


Outro ponto bem bacana são os pontos cômicos da trama que ficam por conta de um demônio racista, megalomaníaco e rabugento há muito esquecido que está aprisionado na arma que o protagonista utiliza em toda a história.

O final foi um tanto quanto previsto, mas extremamente necessário e todas as pontas soltas foram muito bem amarradinhas e posso até dizer que nas últimas páginas meu coração ficou quentinho.

Recomendo muito a leitura, é uma fantasia nacional de muita qualidade.
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