The Kiss of Deception #01 | Crônicas de Amor e Ódio | Mary E. Pearson | Romance/Aventura | DarkSide Books | 2016 | 406 pág | ⭐⭐⭐⭐⭐
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Sinopse: Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma menina de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre o reino de Dalbreck através de uma aliança política.
Eis que o final de 2019 me trouxe uma grande surpresa com essa leitura que decidi não sei por quê motivos tê-la. The Kiss of Deception é o primeiro livro de uma trilogia chamada Crônicas de Amor e Ódio e nele somos apresentados a Lia, a primeira filha que para apaziguar os ânimos políticos é prometida pelos pais a se casar com o príncipe de Dalbreck. Inconformada com a situação em que foi colocada, Lia foge com Pauline, sua criada e melhor amiga, e decide viver uma vida "de gente normal" na cidade vizinha, chamada Terravin, onde passa a trabalhar em uma espécie de taberna que pertence a uma tia de Pauline. Apesar dos esforços para apagar seus rastros, elas acabam sendo encontradas por um assassino contratado para matar Lia e pelo príncipe rejeitado por ela no dia do casamento, e aí é que tá o samba do crioulo doido: ninguém sabe quem é quem e a trama se desenvolve quase que completamente nessa vibe.
Esse é o meu primeiro contato com a escrita de Mary e confesso que estou muito surpresa. Não esperava algo tão envolvente, rico em detalhes e que não te desse vontade de largar a leitura. A última vez que isso aconteceu foi com a trilogia de Corte de Espinhos e Rosas e me senti uma orfã quando udo acabou.
Todo o livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Lia, com poucos e pequenos capítulos narrados pelo príncipe e pelo assassino que, ao desenvolverem a trama com Lia, acabam por meio que formarem o início do que seria um triângulo amoro fazendo com que o foco do livro seja o romance. Porém, não um romance qualquer, mas sim um com cenário na era medieval onde vikings e "civilização" estão em conflito, fato esse que faz com que a política seja uma das engrenagens principais da história.
Ainda assim com cenas de aventuras de tirar o fôlego, ao que a trama vai se desenrolando para o final é inserido a fantasia e um toque mágico é deixado: segundo a tradição, todas as primeiras filhas do reino de Morrigan recebem o dom da visão, um tipo de clarividência que Lia até então não acreditava possuir.
Outra coisa bem interessante foi que a autora passou longe de nos deixar na companhia de uma protagonista doce e frágil (que por sinal esse é o papel de Pauline). Lia é uma mulher forte e determinada, muito a frente do seu tempo, que impõe aquilo que quer e muitas das vezes, incompreendida, acaba tendo a fama de uma mulher que não sabe o seu lugar no mundo.
O final foi bem surpreendente, confesso que não esperar uma atitude como aquela do príncipe, mas que loucuras um homem apaixonado é capaz de fazer, não é mesmo? Mais surpreendentemente ainda é a possibilidade de conhecer mais um novo mundo, que acredito que será apresentado no próximo volume.
A edição da darkside é linda, impecável como sempre, veio com um pôster onde a imagem é a capa do livro, em capa dura, com muitas imagens de mapas e folhas em offwhite.
Foi com medo de pegar uma ressaca literária que não comecei a leitura do segundo livro de imediato, mas pretendo fazer isso muito em breve, pois não aguento mais de ansiedade.
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